quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Tentativa 1



A nossa primeira tentativa "oficial" foi com um casal que conhecemos na internet. Diziam ter alguma experiência, tinham uma conversa agradável e pareciam ser bonitos nas fotos que mandaram. Mas na era do Photoshop e afins, uma foto é totalmente suspeita. Nada substitui o olho no olho!
Marcamos num barzinho mexicano bem agradável, sem compromisso. Eu estava super ansiosa e curiosa: como seriam? Como a noite iria se desenrolar? Rolaria ciúmes? Apesar de tudo, estávamos determinados. Hoje tem swing!
Eu e o meu ex-marido chegamos primeiro e nos sentamos em um lugar estratégico. E haja conversa. E cerveja. Quando o casal chegou, tivemos uma boa primeira impressão. Eles eram bonitos mesmo, principalmente ela. Ela era do tipo grande, com uma bunda enorme, decotão... meu oposto, enfim. E haja mais conversa. E mais cerveja.

Conversando a gente se entende. Ou não.
A esposa prometia, mas quando abriu a boca... não fechou mais! A criatura era de uma diarréia verbal sufocante. Ela falava sem parar, gesticulava parecendo uma maluca. E toda mandona. Parecia um general no quartel, dando ordens. Começou a enumerar (sim, vocês entenderam, enumerar) coisas que gostava e que não gostava:
- Eu adoro ficar com mulher
- Detesto quando o homem me pega pelo cabelo
- Odeio casal que não topa o bi feminino
- Não agüento homem que fuma
- Cu? Nem pensar!
E lá ia a mulher fazendo sua lista de exigências. Eram tantas as condições, que eu não conseguia acompanhar tudo. Sério, fiquei tonta! Eu só assentia com a cabeça, fazia uns movimentos com a boca, e haja mais cerveja!
Eu não sei bem em que item da lista a doida estava quando escutei:
- Gostamos muito de sexo no mesmo ambiente com carícias entre as mulheres. A troca mesmo a gente vê na hora... sabe como é, depende da química do momento...depende...

COMO É QUE É??? Êpa, êpa, êpa! Para tuuuudo!

Nós queríamos fazer swing e deixamos isso bem claro. Simples assim. Ir para um motel, fazer “sexo no mesmo ambiente com carícias entre as mulheres” e “o swing a gente vê na hora...”? Vê o quê, minha filha?
Eu já estava com umas cervejas na mente, desconfiada daquela psicopata-ditadora, e não agüentei.
- Minha querida, uma vez no Motel, a gente pode até se chupar. Mas teu marido vai ter que me comer.

A noite terminou por aí.

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