Eu saí de férias. Ahhh...que delícia!
E resolvi dar uma “voltinha” na cidade natal de minha mãe. Cidade pequena, aconchegante, numa planície entre o rio Jequitinhonha e o oceano Atlântico. Visita familiar, só pra rever os parentes, beber com os primos, saber das novidades, participar da festa anual para Iemanjá, e me exceder em algumas coisas, porque afinal de contas eu não sou santa.
Eu bem que tento não pensar em sacanagem...
No primeiro dia fomos a um bar-restaurante-pizzaria-boate. Segundo meu primo (tarado e ninfomaníaco), a pizza era a melhor da cidade, e o pizzaiolo mais gostoso ainda.
“Porra, você comeu o pizzaiolo?”
“Comi, prima. Ele é pauzudo e gostoso. Mas só gosta de homem, nem perca seu tempo...”
Nós estávamos entretidos, falando sobre o pau do pizzaiolo, quando minha visão embaçou com uma galeguinha GOS-TO-SI-NHA que apareceu na minha frente: “Boa noite. Gostaria de pedir alguma coisa?”.
Ooops, quem é?? A garçonete? Que tchutchuca!
Eu passei a noite toda de olho nela, claro. O pior é que a inocente ainda me perguntava: “quer alguma coisa”? E haja pensamento sórdido na minha cabeça...
Mas parei por aí. Eu estava sóbria, a cidade é
muito pequena, a garçonete casada, sabe-se lá o que ia achar de uma cantada lésbica, etc, etc, etc.
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Dia seguinte. Festa no sítio do meu tio. Festa pra Iemanjá.
O bom das festas religiosas na Bahia é que sempre,
sempre, tem a parte profana!
Eu comecei o dia bebendo gim, e em algum momento passei para a cerveja. E minha mãe me apresentava as amigas dela, meu tio conversava, meu primo falava sacanagem, o dia foi terminando, a noite chegando, e o grau alcoólico de todos aumentando.
Devia ser umas 22 horas. A festa praticamente já tinha acabado e eu
completamente bêbada resolvi ir no banheiro.
Quando eu estava entrando, senti alguém se aproximando e olhei para trás. Era uma amiga da minha mãe. Ela simplesmente me empurrou pra dentro do banheiro, entrou e trancou a porta!
Não tive tempo para reagir. Não tive opção. Nada. Ela começou a me agarrar, me lamber, me beijar.
“Eu quero chupar você!!!”. Dizendo isso, ela se ajoelhou, abaixou minha calcinha e começou a me chupar, sugando minha periquita com força.
Bem, eu fui atacada no banheiro. Fazer o que?
Ah, e vamos combinar que ganhar um boquetinho, assim, do nada, é bom, né?
Acho até falta de educação recusar!!
Meu primo me "salvou":
“Não acredito! Sua tarada!!!!!”
“Euuuuu?? Como assim, primo? Eu sou vítima! Fui atacada!”
“Ah, eu quero saber dessa história direito. Vamos pro bar-restaurante-pizzaria-boate tomar a última cerveja da noite, e aí você me conta os detalhes.”
E lá vamos nós tomar mais uma.
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Sentamos na mesa e quem, quem, quem, vem nos atender? A tal galeguinha do dia anterior...
E ela estava ainda mais linda! Ou eu que estava mais bêbada? Não importa.
Minha cara de pau foi absurdamente cafajeste:
“Vem cá, gata. Chega aí...” e apontei o lugar vazio ao meu lado na mesa.
Ninguém acreditou. E menos ainda quando ela atendeu ao chamado e veio sentar ao meu lado. E ficou olhando pra mim. E sorrindo.
Viu como a gente se surpreende?
Rápida no gatilho, fiz logo um convite irrecusável.
Com um sorrisinho na boca, toda manhosa, safada, ela respondeu: “mas eu sou casada.............”.
Tradução: “
Se você insistir mais um pouco, eu topo”.
Mas àquela altura do baba, eu já estava desconectada. Tecla
off. “Prima, vumbora!”
Quando eu levantei da mesa, a galega pegou minha mão. “Eu te levo até o carro”.
E lá fomos as duas de mãos dadas até o carro...ah...que meigo!
“Agora que você me trouxe aqui, vai ter que me dar um beijo...”
“Mas só um beijinho, tá?”
“Tá certo”.
E ganhei um beijinho. E fui embora.
Ufa! Nem acredito que o dia acabou!! E isso porque era a
penas uma festa com a família, em uma cidadezinha pacata...
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Day after.
“Prima, você não pegou porque não quis. Ela tava fácil pra você.”
“Primo, eu teria que estar ‘menos bêbada’ pra isso. Do jeito que eu estava, a coisa não ia fluir, se é que você me entende...”
“Relaxa, prima. Numa próxima visita ela não lhe escapa.”